segunda-feira, 26 de outubro de 2009

À DISTÂNCIA DE UM "CLIC"...

Não costumo entregar-me a perguntas ociosas sobre qual será o futuro da informação no mundo! Mas ontem, por acaso, vi a parte final de uma entrevista dedicada ao tema, na SIC Notícias - suponho que no programa "Sociedade das Nações". Concordei com a opinião do entrevistado (um perito americano, do qual me escapou o nome), que a tendência será a do jornalismo 'on-line' e televisivo, em detrimento do velho jornal ou revista de papel. E não, não por defesa das árvores (embora elas certamente agradeçam!), mas devido à necessidade cada vez mais premente de actualização.

Segundo ele, o actual excesso de informação de fontes nem sempre credíveis ou isentas (blogs, sites e afins), conduzirá à criação de grandes empresas de comunicação, em várias línguas, que editarão apenas as notícias consideradas relevantes para a população, com o profissionalismo adequado. O que, do meu ponto de vista, acarreta várias vantagens e desvantagens à partida. Mas como esse tipo de jornalismo ainda vai demorar alguns anos a ser único, também não vale a pena matar a moleirinha com essas preocupações...

O que o perito não mencionou foi a falta de credibilidade de alguns jornalistas, no activo. Assim, um dia destes, ao folhear uma revista cor-de-rosa no cabeleireiro, deparei com uma pequena notícia que assinalava que Herta Müller foi "a segunda mulher a ganhar o Nobel da Literatura". Como é que é?! Só neste século já é a terceira, depois da austríaca Elfriede Jelinek (2004) e da inglesa Doris Lessing (2007). E as restantes oito do século passado?! Caraças, bastava um "clic" para não escrever tamanha bacorada!

(quer dizer, há "clics" e "clics", que os PCs domésticos têm personalidade própria, de vez em quando começam a pedir compactações, desfragm... deffrag... sei lá, uma cena dessas, empandeirando no entretanto... ai, ai!)



Fotografia de Pearl S. Buck (uma das minhas escritoras preferidas na adolescência, Nobel da Literatura em 1938), da net.

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PARABÉNS, LOPESCA! :)

17 comentários:

  1. De facto, nosso mundo zipou :) Com a velocidade das informações praticamente em tempo real, digamos que o papel e todo aquilo que gira em torno dessa profissão belíssima que é escrever, pesquisar e dar notícias se tone um bocado obsoleto!
    Mas as árvores agradecem na mesma :)
    Boa semana

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  2. vai demorar uns anos?
    não faz mal! eu espero!

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  3. Não acho que o papel vá desaparecer assim tão logo. E depois, quem sabe não estoira isto tudo um dia e temos de voltar escrever sobre pedra, com um cinzel? Então aí, ia ser tudo a base de "clic", "clic" mesmo, ou melhor: cling, cling, cling...

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  4. Já estava a falar comigo, mas o que faz esta antigona aqui refastelada em tela de fotografia antiga, logo vi... Pois é mas ainda vai demorar, repara nos cotas nos jardins com a bola na mão (ah, refiro-me ao jornal da Bola) e quejandos, ou refastelados no sofá e nem sequer sabem mexer num pc..calma lá, só daqui a uns bons 10 anos, ou mais, os jornais desaparecem e vão mais uns milhentos para o desemprego, ai que as coisas estão más e cada vezpioram mais,devido aos pc..enfim, modernices. Beijinhos.

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  5. Ai o que tu foste fazer-me lembrar. A Flor Oculta, uma das minhas grandes paixões... pela história e pela altura da minha vida em que o li. Obrigada, trouxeste um suspiro de leveza ao meu coração.

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  6. Que coincidência, ainda hoje recebi um mail sobre o futuro do mundo, dada a constante actualização e comunicação devido às TICs actuais. Acabava com, em 2050 haverá um super-computador barato que será mais inteligente que a espécie humana toda junta...:]

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  7. A tradição do jornal em papel, que suja as mãos, perdurará ainda por uns bons anos. A actualidade de informação, o velho jornal nunca consegirá combater pois está sempre um dia atrasado. Os maus jornalistas esses, infelizmente, vieram para errar, qualquer que seja o meio de informação. Um clic bem clicado era o que mereciam!

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  8. Vai levar mais algum tempo, mas lá chegaremos.

    E concordo contigo no que respeita a alguns jornais que não estão bem informados, nem fazem qualquer esforço para estar.
    Já as revistas ditas cor de rosa, nem tento ler .... é mais a desinformação que a informação.

    Beijokitas

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  9. Bom, MYLLANA, suponho que o jornalismo só vai assumir uma nova faceta e daqui a uns largos anos! E pesquisa nem sequer há quase nenhuma hoje, mesmo ao nível mais básico, como no exemplo... :p
    Boa semana para ti! :)

    Imagino que sim, VÍCIO, no caso de Portugal, bastantes até... ;) Portanto, o melhor é esperares sentado! :))

    Ah, até aí concordo perfeitamente, SUN! Talvez já nem seja para nós assistirmos. E essa hipótese de a coisa estoirar e voltarmos ao "cling", "cling" também não é de todo impossível... (`_^)

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  10. Claro que vai demorar, LAURINHA, ou achas que isto é altura para a terceira idade começar a comprar PCs e aprender a lidar com eles? Mas que deve ser por aí, lá isso deve... ;)
    Milhentos para o desemprego também não me parece, que os jornais e revistas estão cheios de amigalhaços a fazer biscates e putos novos que mal sabem escrever. Pelo menos os últimos não vão ter hipótese nenhuma, os outros, pois, logo se vê se as cunhas continuam a funcionar!
    Jinhos, nina!

    Também li esse, MIKAS, e mais uns quantos! Era fãzoca mesmo! (e ainda hoje em dia voltava a ler, se fosse o caso) :))

    O problema do excesso de comunicação é esse mesmo, VANI: baralha mais do que informa! :)
    Quanto a 2050... hummm... bem, não estou especialmente preocupada!!! Um torrão preocupa-se?! :]

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  11. O homem estava a falar do futuro, não exactamente de hoje ou amanhã, PAULOFSKI! :))
    Mas também é óbvio que numa sociedade que deseja ser informada ao minuto, não se vai esperar pela actualização do jornal no dia seguinte, que depois de sair nas bancas até já está desactualizado...
    Quanto a esse clic, se transformado em pontapé no rabo a maus jornalistas, absolutamente de acordo! :-w

    Quer dizer, até podemos não ser nós a assistir a essa transformação, PARISIENSE, mas o caminho deverá ser por aí! Tudo muda e se transforma, não é? :)
    Há dois locais onde folheio revistas cor-de-rosa: no cabeleireiro e no dentista! Não as leio, vejo os "bonecos" e as gordas. Neste caso, como tinha a ver com a Nobel da Literatura (desenquadrada das temáticas habituais) até li! Enfim... :h
    Beijokitas, nina!

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  12. «informação de fontes nem sempre credíveis ou isentas (blogs...»

    espero que a piadola não tenha sido para mim!

    sempre gostava de saber quem decide que relevância e de que notícias...

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  13. Piadola a ti, a que propósito, MOYLITO? Era a opinião do homem, não a minha... :))

    Quanto a esse ponto da relevância das notícias, pois, a ser tal como o homem prevê, vai ser uma luta de galos... :p

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  14. tanta porcaria que mais vale nem ler algumas publicações :)

    bj

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  15. Tens razão, S.G., mas como tenho lido algumas opiniões contraditórias sobre a escritora, chamou-me a atenção... :)

    Beijinhos!

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  16. Deu um curto-circuito na memória. Já havia esquecido por completo desta autora. Li um dos seus livros, A Boa Terra, quando tinha uns dezesseis anos.
    A sua memória para prêmios Nobel é espetacular, hein?
    Um beijo!

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  17. Ah, não, OLIVER, não sei quem foram todos os laureados com o Nobel da Literatura - são 106, segundo a wiki - no feminino ou no masculino. E estou longe de ter lido todos (alguns nem pretendo ler). Mas da Pearl li vários, gostava muito na adolescência... (provavelmente hoje ainda gosto, tal como da Agatha!) :D

    Mas quer dizer, estava mesmo à distância de um "clic", para não dar erros crassos desses, né?! O tal americano não previu jornalistas sarrabecos... :p

    Beijo!

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Sorri! Estás a ser filmad@ e lid@ atentamente... :)